Montag, 30. Juni 2008

bad day - farewell to cc

e o dia, como já era de se esperar, não foi bom. tristeza, choro, choro, choro, ansiedade, medo, medo, medo, todos juntos. os únicos momentos reconfortantes foram breves emails encorajadores, conversas com pessoas amadas e um mocaccino fake às 23h10 da noite, na cozinha escura de casa.

e tudo isto ocorreu pois hoje foi meu último dia de trabalho na empresa que me empregou há 5 meses atrás (e sobre a qual comentei aqui antes, com muito entusiamo). saio dela pois passei no concurso para professor da ufpel e, assim, não poderei lá continuar em horários reduzidos. saí bem, 'pela porta da frente' como se diz, com elogios dos chefes e muito carinho dos colegas de trabalho. mas que medo, que medo de ter feito a escolha errada. há meses atrás eu não estaria tão insegura quanto à escolha que tomei, mas depois da maravilhosa experiência na cc, não há como não titubear. pessoal excelente (e olha que não é puxa-saquismo, até porque só um deles vem aqui!), infra-estrutura ótima, projetos desafiadores, prática de inglês diária e, é claro, o contato constante com a alemanha. tenho muito medo de ter feito a escolha errada, mas também, não me sentia em posição de negar a ufpel, fruto de todas minhas investidas dos últimos 3 anos. se vai dar pé, se o que eu sempre quis é o que eu ainda quero (dar aula), vamos ver agora. se não, pelo menos serão apenas dois anos e ao término destes, então, veremos o que fazer, afinal algum rumo terei de tomar. nessas horas odeio minha facilidade de adaptação, que faz eu me apegar tão rapidamente e com tanta ênfase a novas realidades.

bem, agora espero me adaptar rapidamente a minha cama, e que ela seja muito legal comigo, pois amanhã é um novo dia, uma dia rumo a um novo (?) futuro.

long division

dois grandes mestres do design me disseram, há alguns meses atrás em um curso, que quanto mais subimos a montanha, mais solitários ficamos. e que por causa disso, não são todos os que estão dispostos a fazê-lo. eu estou disposta a subir a montanha, a chegar o mais próximo do topo possível, mas nestes momentos em que já nos vemos sozinhos - e não estamos nem um pouco perto do topo ainda! - percebemos que não será fácil mesmo, que a subida será árdua.

e não é fácil. despedidas não são fáceis. compartilhar não é fácil. entender não é fácil. sinceridade não é fácil. é realmente difícil saber com quem contar, com quem podemos nos abrir, de quem seria melhor manter distância. minha mãe sempre me disse que os meus verdadeiros amigos eram meus pais e meus irmãos. eu brigo realmente muito com eles, mas acho que no fundo são as pessoas que mais querem que eu cresça, tendo que acontecer o que tiver que acontecer para que isso tenha forma. bem, talvez eu tenha que rever meus conceitos mesmo.

mas dói, dói muito esse sentimento de saber o que fazer, mas não saber com quem contar. afinal, talvez eu chegue lá, no topo. mas e então? aquilo tudo fica guardado pra mim? com quem irei compartilhar? não quero guardar tudo pra mim.

e amanhã vai ser um grande dia. triste, mas marcante. espero sair inteira dele.

até mais.

Mittwoch, 11. Juni 2008

i am waiting for that sense of relief

(ainda não voltei ao trabalho).

e lendo alguns posts antigos agora, junto de comentários, vi como meu ponto de vista mudou em vários aspectos. não sei se foram mudanças positivas ou negativas, isso somente com o tempo ficará claro.

como é ruim quando uma situação não está nas nossas mãos. ou pelo menos parece não estar. ou não queremos que esteja. ou não queremos ser os responsáveis pelas decisões sobre ela.

and i have waited, the anticipation's got me glued.

here i rest, where disappointment and regret collide

é incrível como eu sempre sinto vontade de escrever quando estou CHEIA de trabalho e já é madrugada e devo ir dormir porque no outro dia tenho de levantar cedo e estar super disposta para um longo dia de mais trabalho e estudo. e essa vontade de escrever é tão intensa que torna-se uma força até mesmo capaz de bloquear a minha capacidade de trabalhar e então não mais me concentro e venho aqui.

mas o mais estranho mesmo, disso tudo, é como as coisas mudam/a gente muda/a vida muda. nunca tive graaandes 'twist of fate' na minha vida, e quando me pegava pensando no meu futuro há alguns meses, concluía: se sair conforme o planejado, era isso mesmo, maravilha! mas de repente acontecem/aconteceram situações das quais não se espera/esperava tanto - são apenas passageiras, até que o momento esperado chegue de fato - mas que nos fazem pensar se, bem, não é ESTE agora o momento exato e se aquilo que tínhamos como certo antes não era apenas um ponto de vista/caminho, mas não 'a verdade'.

'i remember one morning getting up at dawn, there was such a sense of possibility. you know, that feeling? and i remember thinking to myself: so, this is the beginning of happiness. this is where it starts. and of course there will always be more. it never occurred to me it wasn't the beginning. it was happiness. it was the moment. right then.'

eu perdi minha subjetividade. não me vejo mais refletindo muito sobre determinado assunto e ando sem paciência com os que o fazem. aprendi (ou me acostumei) a pensar com muita objetividade sobre tudo e minhas decisões estão sendo muito práticas. estou me tornando uma pessoa bastante pragmática. até que ponto isto é bom? só tem um assunto que ainda me deixa pensando por longos períodos de tempo. penso, penso, penso, porém objetivamente. mas nem mesmo assim consigo sair dele. sobre ele pondero: é um momento passageiro, de preparo, vai valer a pena. às vezes parece fazer muito sentido, outras vezes, não. algumas vezes, parece que estou negando algo muito próximo do que sempre quis(e este sempre vai além dos últimos meses recém citados). e aí vem o medo aterrorizante de nunca conseguir concluir o que desejo. o medo daquela expressão 'um raio não cai duas vezes num mesmo lugar'.

falei de objetividade, mas meu post está mais confuso do que qualquer outra coisa. bem, talvez esse seja o espaço que ainda tenho para tentar resgatar algo da minha subjetividade.

agora mais 'leve', volto ao trabalho.

au revoir.