Sonntag, 17. Februar 2008

making choices

quando eu era pequena eu achava que assim que eu terminasse os estudos (leia-se faculdade), tudo estaria resolvido. achava que era só trabalhar - eu imaginava que dentro de um curso teríamos apenas uma área de atuação - até eu me aposentar e deu. simples assim. não sabia da dificuldade que é fazer escolhas e, pior ainda, que eu teria de fazê-las PRO RESTO DA VIDA. na verdade, acho que foi na faculdade que começaram as grandes mesmo. que curso fazer? pra que lado ir? as opções são tantas que às vezes parecem até restritas demais. é um paradoxo, sim.

em aproximadamente dois posts passados eu reclamei de estar sem trabalho. e eis que, esta semana, comecei a trabalhar. é uma empresa de internet muito legal e que, possivelmente, me abrirá muitos caminhos. estou adorando. mas não há dia em que eu não acorde e não pense: é isso que quero pro resto da vida? (principalmente por não estar diretamente ligado com ensino/pesquisa de design). tudo bem que é meu primeiro emprego e não tenho efetivação ou garantia alguma ainda. mas eu tenho esse sentimento de começar as coisas e achar que são definitivas, pra sempre. não sei porquê eu tenho/sinto isso. só sei que tenho/sinto. e então fico num dilema eterno. já cansei de fazer listas de prós e contras em situações de indefinição, mas dificilmente elas funcionam. seria mais fácil se tivéssemos a certeza de que temos 937490383 vidas e de que, então, poderíamos nos dedicar de corpo e alma a o que de fato queremos naquele momento, sem ficar com o peso de ter feito escolhas erradas e pensar: ok, nessa vida fui profe e pesquisadora, na próxima serei designer de uma grande empresa internacional, médica ou historiadora.

e agora tenho 2 dias para decidir a música da formatura, fato que venho adiando há meses. que peso. que drama.

3 Kommentare:

Anita Bet hat gesagt…

a música \o/
bem lembrado

E calma aí com as bergamotas Fah, tem lugar pra todas na caixa. Ou ao menos escolhe as mais bonitas.

RicardoMello hat gesagt…

escolhas, escolhas, escolhas.

não adianta se pertubar com isso.
elas nunca acabam.

Leonardo Tissot hat gesagt…

Eu também costumava ter essa sensação de que as coisas seriam eternas. Até mesmo coisas que eu sabia que seriam temporárias (como quando eu fiz aquele freela na campanha política). Quer dizer, uma hora ocorreria a eleição, os candidatos seriam eleitos (ou não) e o trabalho terminaria. Mas a sensação que eu tinha era de que ia continuar fazendo aquilo todos os dias pro resto da vida. É meio ruim, tipo: ok, fiz 4 anos de faculdade e agora é isso aqui até o fim dos meus dias? Mas não é. Acho que agora tô lidando melhor com isso. Outras coisas surgem, inevitavelmente. Mas no começo é difícil lidar com essa sensação mesmo.