Samstag, 14. Februar 2009

Aufklärung

e a última semana foi bastante intensa. começou com uma viagem de última hora para poa, no sábado. foi rápida [retornei no domingo], mas recheada de novas possibilidades de vida/futuro promissores. obviamente que o pequeno choque cultural, como costumo dizer, me acometeu ao colocar os pés novamente em pelotas, mas ao menos pude vislumbrar que meu tempo aqui está, de fato, se esgotando. poa sempre me acorda e me enche de esperanças e coragem.

e tão logo cheguei, parti para a casa de uma querida amiga [do top 5 people in the world], que embarcava na terça para portugal. mais um fato bastante inquietante, tanto pela intranquilidade até que ela se acomode bem lá quanto pela falta que ela me fará e pelo aumento da minha vontade de mudar de localização geográfica. este é um dos meus desejos mais latentes por um tempo já.

e a semana decorreu recheada da rotina já conhecida, porém desta vez com várias pequenas conquistas e mudanças. e eis que ontem, sexta, fui à formatura de meus primeiros orientandos. me senti muito honrada e feliz por ter feito parte desta conquista deles, mas, antes disso, me senti indescritivelmente satisfeita pela realização individual de cada um. uma sensação transbordante, impagável. ser professor tem toda esta questão humanística, que eu não saberia nomear um outro cargo o qual fosse capaz de proporcionar tanta satisfação alheia na mesma intensidade. é muito recompensador!

---

ando com um sentimento constante tomando conta de meus passos e ações. em alemão se chama Aufklärung. é um momento de tomada de consciência [positiva ou negativa], de revelação, de descoberta. vai ao encontro do que comento abaixo.

acho que nunca me senti tão bem comigo quanto nestes últimos tempos. estou mais à vontade/satisfeita com minha mente e meu corpo, minhas atitudes e meus pensamentos. parece que finalmente estou tomando real consciência de quem sou e do que quero fazer [mesmo que ser e fazer temporariamente]. minha vida social e profissional parece estar mais bem resolvida e estou criando laços afetivos mais intensos. estou me relacionando melhor com minha família e amigos, estou dedicando mais tempo a mim e a meus queridos e o trabalho está, incrivelmente, sendo mais numeroso e rendendo mais, mesmo com menos tempo.

decidi experimentar ao máximo possível novas sensações e situações e rever pontos antes intocáveis e estanques, afinal you only live once, and it's a really short life. comprovando isso, hoje pintei as unhas de vermelho pela primeira vez, o que sempre refutei. e adorei! esses pequenos [e alguns podem dizer fúteis] passos também contribuem para nosso amadurecimento. espero que esta sensação de satisfação pessoal e esta abertura para mudanças me acompanhem sempre.

1 Kommentar:

Anonym hat gesagt…

Olá!
Pensei em escrever algumnas frases introdutórias em alemão (afim de causar-lhe um efeito, por exemplo: explendor intelectual, mas não passaria de um embuste, pois não sei falar alemão, em verdade). Acessei o seu blog não por acaso, mas por um caso, estava procurando algumas definições para Aufklärung, que conheci e/ou ouvi pela primeira vez no ano passado numa aula de antropologia filosófica. Algumas das definições ou colocações sobre Aufklärung e ou iluminismo segundo uma perspectiva kantiana, por mais pueris que sejam, ainda me encantam (inicialmente sou um daqueles que se permitiram buscar algo mais no seu processo de crescimento pessoal em busca de uma maior e melhor evolução em todas áreas da vida, excetuando o direcionamento para o negativo, para o destrutivo, mas aí é uma outra conversa.). Durante muito tempo acreditei que uma mudança geográfica era a solução priori para a minha vida, ledo engano. Porém, com o vagar do tempo, tive os meios de apontar o engano que cometi no passado. E hoje posso colocar a questão sobre um outro viés de análise. Não obstante, não excluo completamente que uma mudança geográfica em minha vida em questão não seja relevante. Todavia, é necessário que inicialmente eu avalie o que deve ser mudado gradualmente. Doravante a uma reflexão séria, e construtiva. Acredito que não posso mais me furtar de colocar o que em primeiro deve ser mudado, sou eu. O que devo mudar então? Talvez minha forma de pensar e agir? De certo que pensar e agir são coisas bem distintas principalmente quando as fazemos levando em consideração nossa autonomia nas decisões e suas responsabilidades.
É proveitoso salientar que há de se preparar para as mudanças e principalmente as nossas mudanças interiores. Somos propensos a isso. Há aproximadamente 2500a.C, já houve os primeiro sinais de expecular sobre esta questão, a mudança. Mas afinal o que é a mudança? Para que e por que mudar?
Lamento lhe aborrecer.
Se quiser e houver meios ouça: Mistério dos planetas dos Novos Baianos. Sugiro ver no you tube, mas assista o vídeo original em p/b.
Tudo de bom e de bem!